segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Budismo



Budismo é uma religião e filosofia baseada nos ensinamentos deixados por Siddhartha Gautama, ou Sakyamuni (o sábio do clã dos Sakya), o Buda histórico, que viveu aproximadamente entre 563 e 483 a.C. no Nepal. De lá o budismo se espalhou através da Índia, Ásia, Ásia Central, Tibete, Sri Lanka (antigo Ceilão), Sudeste Asiático como também para países do Leste Asiático, incluindo China, Myanmar, Coréia, Vietnã e Japão. Hoje o budismo se encontra em quase todos os países do mundo, amplamente divulgado pelas diferentes escolas budistas, e conta com cerca de 376 milhões de seguidores.
Ao contrário do pensamento comum, o budismo não é uma religião, pois não existe um deus criador, porém também não será correcto denominá-la como uma filosofia, pois aborda muito mais do que uma mera absorção intelectual. O Budismo não tem uma definição, tendo aquela que qualquer praticante lhe queira atribuir, contudo poderemos denominá-la de caminho de crescimento de espiritual, através dos ensinamentos dos Buddhas.

Os ensinamentos básicos do budismo são: evitar o mal, fazer o bem e cultivar a própria mente. O objetivo é o fim do ciclo de sofrimento, samsara, despertando no praticante o entendimento da realidade última - o Nirvana.
O ponto de partida do budismo é a percepção de que o desejo causa inevitavelmente a dor. Deve-se portanto eliminar o desejo para se eliminar a dor. Com a eliminação da dor, se atinge a paz interior, que é sinônimo de felicidade.
A moral budista é baseada nos princípios de preservação da vida e moderação. O treinamento mental foca na disciplina moral (sila), concentração meditativa (samadhi), e sabedoria (prajña).
Apesar do budismo não negar a existência de seres sobrenaturais (de fato, há muitas referências nas escrituras Budistas), ele não confere nenhum poder especial de criação, salvação ou julgamento a esses seres, não compartilhando da noção de Deus comum às religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamísmo).
A base do budismo é a compreensão das Quatro Nobres Verdades, ligadas à constatação da existência de um sentimento de insatisfação (Dukkha) inerente à própria existência, que pode no entanto ser transcendido através da prática do Nobre Caminho Óctuplo.
Outro conceito importante, que de certa forma sintetiza a cosmovisão budista, é o das três marcas da existência: a insatisfação (Dukkha), a impermanência (Anicca) e a ausência de um "eu" independente (Anatta).
A flor de lótus e a cruz salvástica são símbolos do Budismo
Colaboração Profº Marcos Ricarte

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O Nascimento do Capitalismo


No Renascimento estão contidos valores pessoais e sociais, descobertas científicas e concepções filosóficas que são os fundamentos da modernidade. Daí a imensa importância e o excepcional interesse desse período histórico.
Atualmente temos a impressão de que vivemos num mundo pequeno. Tudo nos parece próximo, graças não só aos velozes meios de transporte mas também ao grande avanço tecnológico dos meios de comunicação. Por meio de redes internacionais de computadores podemos, por exemplo, ter acesso ao acervo das grandes bibliotecas e dos museus das principais cidades europeias ou norte-americanas.
O Renascimento foi um período de exagerado individualismo. O que mais importava era o sucesso financeiro do indivíduo. Essas idéias propiciaram o desenvolvimento do capitalismo, que se firmava a partir das atividades comerciais da classe burguesa, principalmente nas cidades italianas.
Como todo período histórico, o Renascimento espelha os muitos aspectos das sociedades humanas: a busca do conhecimento, do bem-estar material e da riqueza, a inquietação religiosa, o sentimento de propriedade, o desejo de poder. Mas nessa época distinguem-se muito bem a vida privada — o âmbito do indivíduo, da família e da casa — e a vida pública, o âmbito das cidades e das disputas pelo poder político e econômico.
Outro traço importante do Iluminismo, estreitamente ligado ao anterior, é a crença de que a razão humana, libertada da ignorância e do preconceito, é o instrumento de que os homens dispõem para construir uma sociedade mais feliz. É ela que, além de revelar a verdade sobre a natureza humana, estabelece os valores universais a partir dos quais devem os homens organizar sua vida.
Há quem diga, hoje em dia, que essa crença na força das idéias é uma ilusão ingênua. Há também quem critique o Iluminismo dizendo que todas aquelas promessas de um mundo melhor a ser conquistado pelos progressos da razão não se realizaram. Que, ao contrário, nosso mundo contemporâneo é cada vez mais absurdo e irracional.
Mas, se refletirmos bem, veremos que a queixa pelas promessas não realizadas e a constatação da irracionalidade de nosso mundo não anulam a importância dos pensadores iluministas. Foram eles que nos alertaram para o fato de que cabia aos próprios homens construir sua vida, tomar nas mãos seu destino e organizar as sociedades à luz dos valores universais estabelecidos pela razão. Procuraram demonstrar que, se há povos oprimidos, é porque ainda não conheceram seus verdadeiros direitos, ou não tiveram força para fazê-los valer. Enfim, afirmaram que o futuro é um tempo aberto diante dos homens, para ser construído pelas próprias forças humanas. Depende de nós mesmos criar as condições para que os valores da liberdade e da igualdade, estabelecidos como valores universais, possam ser o critério para a instituição de sociedades justas, mas também foram eles com seus pensamento que criaram a condição do surgimento da revolução industrial , fazendo aparecer outras forças reguladoras e opressoras do homem para o homem , vale a pena refletir em tudo aquilo que aprendemos e queremos como algo de bom para nós , a figura acima caracteriza bem o que queremos e o que temos, numa idéia que nasceu a priori para nos dar liberdade , igualdade e fraternidade.

Colaboração Profº Marcos Ricarte

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Caminho Etimológico


A língua portuguesa é uma língua neolatina, formada da mistura de muito latim vulgar e mais a influência árabe e das tribos que viviam na região.
Sua origem está altamente conectada a outra língua (o galego), mas, o português é uma língua própria e independente.
Apesar da influência dos tempos tê-la alterado, adicionando vocábulos franceses, ingleses, espanhóis, ela ainda tem sua identidade única, sem a força que tinha no seu ápice, quando era quase tão difundida como agora é o inglês.
Logicamente não podemos simplesmente desprezar a influência lingüística dos conquistados.Estes dialetos falados na península e em outros lugares foram regionalizando a língua.Também devemos considerar a influência árabe, que inseriu muitas termos nestes romanços até a Reconquista.
Este processo formou vários dialetos, denominados cada um deles genericamente de romanço (do latim romanice, "falar à maneira dos romanos").Quando o Império Romano caiu no século V este processo se intensificou e vários dialetos foram se formando. No caso específico da península, foram línguas como o catalão, o castelhano e o galego-português (falado na faixa ocidental da península).

Um pouco mais de nossas origens




TUPÃ
No início de todas as coisas, Tupã criou o infinito cheio de beleza e perfeição. Povoou de seres luminosos o vasto céu e as alturas celestes, onde está seu reino. Criou então, a formosa deusa Jaci, a Lua, para ser a Rainha da Noite e trazer suavidade e encanto para a vida dos homens. Mais tarde, ele mesmo sucumbe ao seu feitiço e a toma como esposa. Jaci era irmã de Iara, a deusa dos lagos serenos.
Criou ainda, o forte deus Guaraci, deus do Sol, irmão de Jaci, o qual dá vida a todas as criaturas e preside o Dia.
Fez nascer também Icatú, o belo deus. Formou um lugar de delícias para os bons e um lugar tenebroso para os maus. Neste lugar vagam as almas sem vida e os espíritos dos guerreiros sem glórias ou fugidos das tribos. Tupã, após uma batalha, lançou para este lugar sombrio, seu temível e poderoso inimigo Anhangá deus dos Infernos, chamando estes lugares de regiões infernais. Juntamente com este impiedoso deus, à este mundo subterrâneo também forma dirigidos: o jurupari que ficou conhecido como mensageiro deste deus cruel; Tice, que tornou-se esposa do deus das trevas; Xandoré (ave falconídea), o deus do ódio; Caramuru e o Boto; Abaçaí e Guandiro e muitos *angás. Este era o reino do pavor, do ódio, da dor e da vingança.
No alto dos céus, sentado em seu trono, Tupã criou milhares de criaturas celestes que executavam suas ordens e o louvavam. Fez nascer sobre os verdejantes mares os Sete Espíritos e os gênios que sob as ordens do Boto deus dos abismos dos mares, governavam os oceanos e habitavam na sagrada Loca, que é a habitação dos deuses marinhos no fundo das águas.
obs: Na Yoga (movimentos) e/ou no Tupi local sagrado.


ORIXÁS
Na Mitologia Yoruba, Olorun é o Deus supremo do povo Yoruba, que criou as divindades chamadas (português Orixá; alemão Orisha; espanhol Oricha; Yoruba Òrìsà) para representar todos os seus domínios aqui na terra, mas não são considerados deuses. São cultuados no Brasil, Cuba, República Dominicana, Porto Rico, Jamaica, Guiana, Trinidad e Tobago, Estados Unidos, México e Venezuela.
Na mitologia há menção de 600 Orixás primários, divididos em duas classes, os 400 dos Irun Imole e os 200 Igbá Imole, sendo os primeiros do Orun (céu) e os segundos da Aiye (Terra).
Estão divididos em Orixás da classe dos Irun Imole, e dos Ebora da classe dos Igbá Imole, e destes surgem os Orixá Funfun (brancos, que vestem branco, exemplo:Oxalá, Orunmilá), e os Orixá Dudu (pretos, que vestem outras cores, exemplo:Obaluayê, Xangô).
Exu, Orixá guardião dos templos, encruzilhadas, passagens, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.
Ogum, Orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia.
Oxóssi, Orixá da caça e da fartura.
Xangô, Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
Obaluaiyê, Orixá das doenças epidérmicas e pragas, Orixá da Cura.
Oxumaré, Orixá da chuva e do arco-íris, o Dono das Cobras.
Ossaim, Orixá das Folhas sagradas, conhece o segredo de todas elas.
Oyá ou Iansã, Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestades, e do Rio Niger
Oxum, Orixá feminino dos rios, do ouro, jogo de búzios, e protetora dos recém nascidos.
Iemanjá, Orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de muitos Orixás. também existe historia ...que yemanja foi seduzida pelo seu próprio filho..!








Colaboração Profº Marcos Ricarte

sábado, 4 de outubro de 2008

Renascimento Luís Vaz de Camões


A Pietà de Michelangelo

"Amor é fogo que arde sem se ver"
O poeta português Luís Vaz de Camões (1524 ou 1525-1580) teve uma vida atribulada pelas muitas lutas políticas de que participou e pelos muitos amores que viveu. De sua obra destacam-se Os lusíadas, um longo poema épico de louvor aos feitos portugueses na sua expansão para o Oriente. Ao lado disso, são inúmeras suas composições líricas, como redondilhas, canções, sonetos, elegias e odes.

Das idéias renascentistas do seu tempo ele aderiu ao racionalismo. fácil de ser percebido nos sonetos, mas não se deixou limitar por ele. Sempre enriqueceu a visão racionalista da natureza, da mulher e do amor com a originalidade de sua imaginação e de sua experiência de vida.
Assim, quando Camões compõe um poema cujo tema é o amor. temos sem dúvida uma reflexão sobre esse sentimento universal, sobre o próprio conceito de amor. Mas é improvável que deixemos de notar a experiência vivida. Não estamos apenas diante da razão questionando um conceito universal, mas também do sentimento particular do eu-lírico. É isso que podemos perceber quando lemos, por exemplo, este soneto:

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
E solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade.
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Camões, Lírica.
Colaboração Profº Marcos Ricarte